quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Friedrich Nietzsche

Minha solidão não tem nada a ver com a presença ou ausência de pessoas… Detesto quem me rouba a solidão, sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia….”


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

CALEM A BOA NORDESTINOS

Por José Barbosa Junior



A eleição de Dilma Rousseff trouxe à tona, entre muitas outras coisas, o que há de pior no Brasil em relação aos preconceitos. Sejam eles religiosos, partidários, regionais, foram lançados à luz de maneira violenta, sádica e contraditória.Já escrevi sobre os preconceitos religiosos em outros textos e a cada dia me envergonho mais do povo que se diz evangélico (do qual faço parte) e dos pilantras profissionais de púlpito, como Silas Malafaia, Renê Terra Nova e outros, que se venderam de forma absurda aos seus candidatos. E que fique bem claro: não os cito por terem apoiado o Serra… outros pastores se venderam vergonhosamente para apoiarem a candidata petista. A luta pelo poder ainda é a maior no meio do baixo-evangelicismo brasileiro.Mas o que me motivou a escrever este texto foi a celeuma causada na internet, que extrapolou a rede mundial de computadores, pelas declarações da paulista, estudante de Direito, Mayara Petruso, alavancada por uma declaração no twitter: “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!”.Infelizmente, Mayara não foi a única. Vários outros “brasileiros” também passaram a agredir os nordestinos, revoltados com o resultado final das eleições, que elegeu a primeira mulher presidentE ou presidentA (sim, fui corrigido por muitos e convencido pelos “amigos” Houaiss e Aurélio) do nosso país.E fiquei a pensar nas verdades ditas por estes jovens, tão emocionados em suas declarações contra os nordestinos. Eles têm razão!Os nordestinos devem ficar quietos! Cale a boca, povo do Nordeste!Que coisas boas vocês têm pra oferecer ao resto do país?Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz?Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo?Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos… pasmem… PAULISTAS!!!E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano.Ah! E ainda os baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo “carioca” Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura…Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner…E Não poderia deixar de lembrar também da genial família Caymmi e suas melofias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia…Ah! Nordestinos…Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura? E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros á força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país? Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo?Um conselho, pobres nordestinos. Vocês deveriam aprender conosco, povo civilizado do sul e sudeste do Brasil. Nós, sim, temos coisas boas a lhes ensinar.Por que não aprendem conosco os batidões do funk carioca? Deveriam aprender e ver as suas meninas dançarem até o chão, sendo carinhosamente chamadas de “cachorras”. Além disso, deveriam aprender também muito da poesia estética e musical de Tati Quebra-Barraco, Latino e Kelly Key. Sim, porque melhor que a asa branca bater asas e voar, é ter festa no apê e rolar bundalelê!Por que não aprendem do pagode gostoso de Netinho de Paula? E ainda poderiam levar suas meninas para “um dia de princesa” (se não apanharem no caminho)! Ou então o rock melódico e poético de Supla! Vocês adorariam!!!Mas se não quiserem, podemos pedir ao pessoal aqui do lado, do Mato Grosso do Sul, que lhes exporte o sertanejo universitário… coisa da melhor qualidade!Ah! E sem falar numa coisa que vocês tem que aprender conosco, povo civilizado, branco e intelectualizado: explorar bem o trabalho infantil! Vocês não sabem, mas na verdade não está em jogo se é ou não trabalho infantil (isso pouco vale pra justiça), o que importa mesmo é o QUANTO esse trabalho infantil vai render. Ou vocês não perceberam ainda que suas crianças não podem trabalhar nas plantações, nas roças, etc. porque isso as afasta da escola e é um trabalho horroroso e sujo, mas na verdade, é porque ganha pouco. Bom mesmo é a menina deixar de estudar pra ser modelo e sustentar os pais, ou ser atriz mirim ou cantora e ter a sua vida totalmente modificada, mesmo que não tenha estrutura psicológica pra isso… mas o que importa mesmo é que vão encher o bolso e nunca precisarão de Bolsa-família, daí, é fácil criticar quem precisa!Minha mensagem então é essa: – Calem a boca, nordestinos!Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirarem tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes.Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte!”Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoe, queridos irmãos nordestinos!

EXTRAÍDO DE: http://dinha.wordpress.com/2010/11/03/calem-a-boca-nordestinos/

domingo, 24 de outubro de 2010

Mesmo sendo casto como gelo e puro como a neve, ninguém está livre da calúnia.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Mais um dia




Estou triste e chateada
Queria que hoje o dia fosse diferente...
Não tem graça fazer somente o que querem...
Queria ter um dia especial
Só meu...
Queria tê-lo a meu lado...
Quero poder te esquecer...
E sentir bem por isso...
Mas cada dia é um teste...
E sei que vou conseguir...
Hoje ainda dói...
Mas amanhã será melhor...

domingo, 10 de outubro de 2010

Certa estou de que você nunca irá sentir minha falta, embora eu ainda sinta a sua. Mas saudade passa, amor passa, solidão passa, demora, mas passa.

Um dia tudo passa, por que afinal nada dura para sempre!
C

sábado, 5 de junho de 2010


VOAR

"Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade.
Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo, mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE! ..."

Clarice Lispector


segunda-feira, 10 de maio de 2010

dor nas costas...certo X errado

Climatério e Menopausa

O que provoca o climatério e a menopausa?

A diferenciação entre climatério e menopausa, expostos no Breves de Saúde # 6 (www.brevesdesaude.com.br ), e que o climatério é o período que antecede e sucede a última menstruação espontânea da mulher (menopausa). O climatério pode se iniciar alguns anos antes da última menstruação e, por definição, acaba um ano após, independente da persistência de sintomas.

O climatério é decorrente do início da falência ovariana, ou seja, esgotamento dos folículos (acabam os folículos ovarianos, que poderiam se tornar óvulos para a fecundação) e redução da produção hormonal dos ovários.

A redução dos folículos ovarianos é gradual; portanto, é possível que ela ainda engravide, mesmo na vigência das ondas de calor ou de outros sintomas próprios do período, ou seja, já no climatério, mas ainda com algumas menstruações, mesmo que irregulares.

A produção hormonal ovariana também tem redução insidiosa.

Dos hormônios todos, os que mais nos interessam, à luz dos conhecimentos atuais, são os estrógenos, a progesterona e os androgênios. Esses últimos são hormônios masculinos, hoje em dia muito discutidos nos estudos da sexualidade da mulher.

Os Hormônios no climatério

O principal estrógeno circulante desde a menarca (idade da primeira menstruação), é o 17 beta estradiol. Sua produção diária na fase reprodutiva é bastante variável: situa-se entre 80 a 500 microgramas. Após a menopausa, a síntese cai para menos de 20 microgramas/dia.

Essa variação tão ampla provavelmente seja reflexo da inutilidade de sua dosagem para o diagnóstico de uma fase inicial do climatério, ou mesmo quando da aferição da quantidade ideal de hormônio na reposição hormonal.

Os ovários, assim como as glândulas supra-renais, produzem também hormônios masculinos, os androgênios, que hoje se acredita serem importantes na libido da mulher. Muitos deles são considerados pró-hormônios, que vão se transformar em estrógenos e outros androgênios biologicamente ativos.

O uso de estrógeno, presente na pílula contraceptiva hormonal e na terapêutica de reposição hormonal, determina redução da testosterona biologicamente disponível, devido à inibição ovariana. Por outro lado, níveis mais baixos de estradiol, como os da menopausa não medicada, aumentam a quantidade de testosterona biologicamente disponível.

Os estudos sobre a deficiência de androgênios ainda engatinham. Tem sido sugerido que seja responsável pelos seguintes sintomas: perda do desejo sexual, diminuição da excitabilidade das papilas mamárias e do clítoris à estimulação direta, diminuição da capacidade orgástica, perda do tônus muscular, diminuição da energia vital, pele seca, adelgaçamento e perda do pêlo pubiano.

Em realidade, esses sintomas podem ser decorrentes de outras condições, tais como distúrbios depressivos e dificuldades conjugais. E ainda, não existem estudos confiáveis sobre a veracidade dessas informações, apenas sugestões de que exista relação entre os níveis de testosterona livre no sangue e a função sexual da mulher. Esses conceitos serão úteis quando fizermos considerações sobre o tratamento da disfunção sexual da mulher.

Os hormônios que estimulam a atividade ovariana são o LH (hormônio luteinizante) e o FSH (hormônio folículo estimulante), produzidos pela hipófise, que é uma glândula localizada no sistema nervoso central (dentro do crânio). Quando os ovários começam a entrar em falência, aumentam os níveis desses hormônios no sangue, como que numa tentativa de aumentar o estímulo para os ovários continuarem funcionando, mas eles já não conseguem responder a esse mecanismo.

No climatério, portanto, é freqüente a presença de níveis elevados de LH e FSH, mas níveis normais podem ser detectados, principalmente em seu quadro inicial, dificultando e mesmo postergando o seu diagnóstico. Em algumas mulheres o LH e o FSH só vão aumentar de fato, bem perto da menopausa.

Daí a importância do conceito de que o diagnóstico de climatério, principalmente em seu quadro inicial, é essencialmente clínico, em função de sintomas que a mulher esteja sentindo, independente das dosagens hormonais.

Reforço estes conceitos porque já tive muitas pacientes que chegaram em quadro clínico característico de climatério, mas que não foram imediatamente diagnosticadas pela falta de documentação das alterações hormonais. Uma vez tendo recebido tratamento específico para climatério, essas mulheres exibiram melhora evidente de ondas de calor, de quadros depressivos ou de sintomas outros próprios do período.

Sinais e sintomas do climatério

É importante não confundirmos as alterações que o corpo apresenta possivelmente decorrentes da falta de hormônio (tabela 1), com aquelas que são fruto do próprio envelhecimento (tabela 2), para que não criemos uma falsa expectativa de rejuvenescimento, quando nos propomos a realizar o tratamento de reposição hormonal no climatério. E isso nem sempre é possível, porque muitas vezes os sinais e sintomas se confundem, não sendo possível distinguir aqueles que sejam definitivamente do climatério daqueles decorrentes do envelhecimento.

Tabela 1 - Principais alterações clínicas provavelmente relacionadas ao climatério
neurogênicas

ondas de calor, sudorese noturna, calafrios, palpitações, dor de cabeça, insônia, distúrbio de memória, fadiga, tontura, formigamento nas mãos

psicogênicas

diminuição da libido, depressão, ansiedade, irritabilidade

metabólicas

dor nas articulações, dor óssea, dor muscular, osteoporose, aterosclerose

mamáriasdor nas mamas
genitais

redução da lubrificação vaginal, dor à penetração vaginal, prurido vulvar, corrimento, sintomas urinários (síndrome uretral, incontinência urinária, dificuldade de esvaziamento vesical), hemorragia uterina disfuncional

Tabela 2 - Alterações próprias do envelhecimento

órgão/sistema

manifestações clínicas

Sistema nervoso central

hipotensão postural (queda da pressão ao se levantar), perda de memória recente, lentidão de movimentos, depressão,lentidão de aprendizado, dificuldade auditiva e visual

Sistema cardiovascular

diminuição da reserva cardíaca

Sistema gastrointestinal

dor à deglutição, obstipação intestinal

Sistema imunológico

aumento da suscetibilidade às infecções, diminuição da resposta à imunização

Endócrino/metabólico

intolerância relativa à glicose hipotireoidismo relativo

Sistema tegumentarrugas, cicatrização mais lenta
Gênito-urinário

mucosa vaginal mais fina e menos elástica, sintomas urinários

Alguns sinais e sintomas estão associados à privação hormonal, tais como a instabilidade vasomotora (ondas de calor e a sudorese noturna) e a osteoporose (enfraquecimento dos ossos por perda acentuada da massa óssea, predispondo à ocorrência de fraturas). Outros, estão eventualmente relacionados, tais como a doença cardiovascular aterosclerótica (angina de peito, infarto do miocárdio) e alguns sintomas psicossociais, como insônia, fadiga, depressão e redução da libido.

A intensidade e a freqüência dos sinais e sintomas no climatério variam de mulher para mulher, indo desde a ausência total de sintomas, até à exibição de toda a gama de alterações algum dia descritas.

As alterações mais freqüentes e precoces são as ondas de calor e os distúrbios menstruais.

No próximo boletim, detalharemos os sinais e sintomas do climatério e/ou menopausa.



Dra. Luciana Nobile

A Incontinência Urinária no Climatério: Uma proposta de tratamento fisioterapêutico



Escrito por:
Marília Carmem de Araújo Cardoso Sampaio Acioly

Bacharel em Fisioterapia pelo Unipê e aluna do Curso de Especialização em Serviços de Saúde Pública pelo CBPEX.
E-mail: mariliacarmemacioly@hotmail.com



1- INTRODUÇÃO

A continência urinária é mantida quando existe uma boa sustentação anatômica do trato urinário, função esfincteriana normal, continuidade de superfície entre a bexiga e a uretra, pressão intra-uretral maior que a intravesical, integridade do músculo detrusor e inervação preservada da musculatura lisa da uretra e do músculo esquelético do esfíncter externo.

No entanto, no climatério, devido as alterações hormonais, ocorre uma diminuição das fibras de colágenos e musculares, além da instabilidade emocional. Predispondo assim, o surgimento da incontinência urinária, que além da desagradável perda involuntária de urina, muitas vezes acarreta diversos problemas psicossociais e de higiene, principalmente nos casos mais graves. Isto porque, as estruturas do assoalho pélvico e trato urinário inferior são hormônio-dependentes (FREITAS et al., 1997; BASTOS, 1998).


2- INCONTINÊNCIA URINÁRIA

2.1 Conceito

A incontinência urinária, na mulher é definida, segundo a Sociedade Internacional de Continência (“International Continence Society”), como a perda involuntária de urina pela uretra, secundária ao aumento da pressão abdominal na ausência de contração do detrusor, e que acarreta problemas sociais à paciente.

Segundo o ABC da Saúde (2003, p. 01), a incontinência urinária “é a perda involuntária de urina da bexiga em situações impróprias, devendo ser objetivamente demonstrável.”


2.2 Classificação

Existem diversos tipos de incontinência urinária, sendo estas as mais freqüentes:

a) Incontinência urinária de esforço: compreende a perda de urina após a realização de um esforço, tal como tossir, espirrar, rir, subir escada, correr, entre outros. Sendo, em geral, de causa anatômica.

b) Incontinência por urgência: este tipo compreende os casos em que quando se sente a vontade de urinar, não há tempo de chegar ao banheiro, ou ainda, quando ouvem barulho de água. Pode ser causada por corpo estranho, carcinoma de bexiga, infecção urinária e muitas vezes a causa é desconhecida.

c) Incontinência urinária por bexiga hiperreflexa: o quadro é semelhante ao da urgência, no entanto tem como característica a presença de doenças neurológicas (avc, parkinson).

d) incontinência paradoxal: é a perda de urina que ocorre em pessoas com retenção urinária (obstrução uretral, hipocontratilidade da bexiga).

Esta patologia pode, ainda, ser classificada como temporária, quando decorrente de infecções urinárias e/ou ginecológicas, obstipação intestinal, medicamentos, mobilização, diabetes mal controladas, entre outras, ou como permanente, quando decorrente de avc (derrame), doença de parkinson, hipermobilidade e/ou incompetência uretral, retenção urinária (incontinência paradoxal), diminuição do tamanho da bexiga, entre outras (INCONTINÊNCIA URINÁRIA, 2003).


2.3 Incidência

É importante salientar que 45% da população feminina apresentam algum tipo de incontinência urinária, sendo destas 50% de esforço e 20% de urgência.


2.4 Fisiopatologia

Existem situações transitórias e definitivas que podem levar à incontinência urinária. Dentre as transitórias, responsáveis por cerca de 50% dos casos de incontinência urinária nas mulheres idosas, podemos citar:

Drogas - Existem vários medicamentos que interferem tanto na função vesical como na uretral. Algumas drogas contra hipertensão arterial, por exemplo, podem levar à incontinência.

Problemas mentais - Alterações mentais graves que acarretam perda do sentido de orientação podem levar à perda da consciência da plenitude vesical.

Infecção urinária - As cistites agudas são muito comuns em pacientes idosas e podem levar à urge-incontinência.

Deficiência hormonal - A função uretral relacionada à contenção urinária está intimamente relacionada à produção hormonal ovariana (estrógeno), que é também fundamental para a menstruação. Após a menopausa, a produção de estrógeno diminui, e em algumas mulheres o tecido uretral torna-se mais frágil e sujeito a lesões e infecções.

Dentre as situações definitivas que levam à incontinência, podemos citar:

Cirurgias abdominais ou pélvicas - Destacam-se a histerectomia, as falhas das cirurgias para incontinência e as cirurgias para tratamento de tumores do cólon ou do reto, dentre outras.

Acidente vascular cerebral, traumas e tumores medulares - São situações nas quais pode haver comprometimento do controle do sistema nervoso sobre a micção (CLÍNICA DE UROLOGIA, 2003).


2.5 Quadro Clínico

De maneira geral, os principais sinais e sintomas são: perda urinária aos menores ou maiores esforços; incapacidade de interromper o fluxo; incapacidade de controlar a micção; não apresentar dor; perda de urina mesmo com a bexiga praticamente vazia; gotejamento constante de urina; desejo freqüente, quase compulsório de esvaziar a bexiga em curtos intervalos; entre outros (BASTOS, 1998).


2.6 Diagnóstico

O diagnóstico deve basear-se a partir de três pontos, são estes:

a) História Clínica: deve pesquisar-se sobre a duração da patologia; a idade de inicio dos sintomas; a freqüência e o volume de urina; enurese noturna na infância; cirurgia pélvica previa; passado obstétrico; história de infecções genitais; menopausa; estrogenioterapia; prolapso genital; uso de medicamentos; história pregressa de patologias como Parkinson, Diabetes, Demência.

b) Exame Físico: avaliação especifica do aparelho geniturinário, com o objetivo de avaliar a deprivação estrogênaca, prolapso genital, cistocele, retocele, presença de urina na vagina, seqüelas cirúrgicas, rigidez, fixação, edema de uretra, refluxo bulbocavernoso do tônus do esfíncter uretral e da suscetibilidade perineal

c) Exames Complementares: sumário de urina, urocultura, uretrocistoscopia, testes urodinâmicos, urofluxometria, perfil pressórico uretral, cistometria, ultra-sonografia.

d) Testes Complementares: prova do absorvente, teste do cotonete (Q-tip), teste de Bonney, uretrocistografia em corrente (FREITAS, 1997).


2.7 Tratamento

A grande maioria das pessoas com incontinência podem ser tratadas, ter seu quadro clínico melhorado ou, ao menos, manter-se em boas condições higiênicas, confortáveis e livres de odores desagradáveis pôr uma combinação de tratamento médico, fisioterapêutico, encorajamento psicológico e dispositivos de apoio escolhidos e usados corretamente. O tratamento dependerá do tipo, da causa, do grau de incontinência e de particularidades de cada caso.

Em geral, é necessária uma associação de alguns dos vários componentes descritos abaixo. É importante ter em mente que, enquanto algumas medidas são adequadas para alguns casos, são totalmente contra-indicadas em outros. Portanto é fundamental que profissionais de saúde, paciente e familiares estejam envolvidos nos cuidados e sejam totalmente esclarecidos sobre o mecanismo que está atuando naquele caso e sobre todos os recursos disponíveis.

Técnicas comportamentais: essas técnicas mostram maneiras de controlar o funcionamento da bexiga e músculos envolvidos no controle da micção.

Medicamentos: existem vários medicamentos que visam aumentar a residência da uretra, relaxar a bexiga e a uretra ou contrair a bexiga. Cada medicamento é específico para cada caso.

Cirurgia: existem mais de cem técnicas descritas de cirurgia para tratar a incontinência urinária. Hoje em dia, procura-se a técnica mais adequada para cada caso sendo fundamental o diagnóstico correto do que causa a incontinência. Na sua maioria, elas reposicionam a bexiga e a uretra corrigindo defeitos anatômicos. Outras vezes, fecham-se as fístulas existentes. A remoção de fezes impactadas se faz necessária em casos de constipação intestinal severa.

Fisioterapia: é de grande valor para o tratamento desta patologia, uma vez que melhora o estado de alerta físico e mental, a locomoção e a qualidade de vida do paciente, além de melhor, também o condicionamento dos músculos que suportam a bexiga e que impedem a perda urinária (PARAGUASSU HOME PAGE, 2003).


2.8 Proposta de Tratamento Fisioterapêutico

a) Objetivos Gerais do Tratamento:

- Aumentar a auto-estima e a qualidade de vida da paciente;
- Prevenir, reabilitar ou minimizar as disfunções do assoalho pélvico;
- Promover relaxamento da musculatura sob tensão;
- Fortalecer a musculatura enfraquecida;
- Aliviar ou eliminar a dor, se presente;
- Reeducar a musculatura do assoalho pélvico;
- Orientar a paciente para que esta possa compreender a patologia e o tratamento.


b) Conduta Fisioterapêutica:

- Exercícios de Kegel: deve-se realizar a ponte, o relógio pélvico, elevador e exercício isométrico para interrupção e controle urinário. Estes exercícios visam desenvolver a percepção proprioceptiva, além do controle e fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico (KISNER, 199-).

- Cateter de Foley: este equipamento apresenta-se em diâmetros variados e após ser inserido na vagina, orienta-se para que a paciente resista à retirada do mesmo.

- Cones Vaginais: utiliza-se gradativamente cinco cones de forma e volumes iguais, mas com pesos variando entre 20 e 70 gramas, contendo um fio de nylon em seu ápice para a sua remoção; o cone é inserido na vagina com a extremidade de menor diâmetro voltada para o vestíbulo, sendo retido através da contração reflexa (cone passivo) ou voluntária (cone ativo) da musculatura do assoalho pélvico; o tratamento pode ser na fase passiva ou ativa.

- Estimulação Elétrica: estimula-se as estruturas neuromusculares do assoalho pélvico; esta estimulação do nervo pudendo tem por objetivo fortalecer as fibras musculares do elevador do ânus e da musculatura estriada peri-uretral.

- Biofeedback: utiliza-se estímulos audiovisuais, possibilitando, assim, que a paciente identifique a contração da musculatura do assoalho pélvico, sem a utilização dos músculos acessórios.

- Fortalecimento da musculatura abdominal, através de exercícios que realizem movimentos do tronco e da pelve, tais como rotação do tronco, flexão do tronco e retroversão pélvica.

- Hidroterapia: este recurso pode ser utilizado com objetivo promover um bom relaxamento, bem como favorecer a realização dos exercícios com uma postura mais adequada, equilíbrio e coordenação, melhorando, então, a ADM e a força muscular (ANAIS – GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA, 2001).


3- CONCLUSÃO

A Incontinência urinária, perda de urina incontrolável, é mais do que apenas um problema físico para a mulher! Este pode apresentar, também, conseqüências emocionais, devido a situação desagradável causada pela perda de urina involuntária.

A perda do controle urinário é uma condição comum, experimentada por milhões de pessoas. Podendo roubar-lhes o sono, levando-as a exaustão; pode prejudicar-lhes o dia-a-dia normal, as atividades físicas e até mesmo o ato sexual. No entanto, quando tratada adequadamente, obtem-se excelentes resultados. O sucesso em seu tratamento começa com um diagnóstico preciso, seguido por um tratamento clinico ou cirúrgico adequados, acompanhamento psicológico e tratamento fisioterapêutico.

Existe uma crença de que a incontinência urinária é um processo que faz parte do envelhecimento, o que dificulta, muitas vezes, o relato espontâneo por parte dos pacientes.

A perda de urina não é normal em nenhuma idade, devendo sempre ser investigada e tratada corretamente.


4- REFEREÊNCIAS


ABC da Saúde. Disponível em: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?253. Acesso em: 17 set. 2003.

Anais – Ginecologia e Obstetrícia. Disponível em: http://www.meus documentos/protocolos.htm . Acesso em: 01 out. 2001.

BASTOS, A.C. Patologia Mamária. In: ___. Ginecologia. 10.ed. São Paulo: Atheneu, 1998. p. 314-332.

Clínica de Urologia. Disponível em: http://www.internext.com.br/urologia/incontin%c3%aancia.htm . Acesso em: 05 out. 2003.

FREITAS, F. et al. Rotinas em Ginecologia. 3.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. 358 p.

KISNER, C.; COLBY, L.A. Fisioterapia Respiratória. In: ___. Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas. 3.ed. São Paulo: Manole, 199-. p. 634-671.

Incontinência Urinária. Disponível em: http://www.sbu-mg.org.br . Acesso em: 07 out. 2003.
Clínica de Urologia. Disponível em: http://www.internext.com.br/urologia/incontin%c3%aancia.htm . Acesso em: 05 out. 2003.

Paraguassu Home Page. Disponível em: http://www.paraguassu.med.br/perg-resp/incontinencia.htm . Acesso em: 11 out. 2003.



sexta-feira, 26 de março de 2010

Posicionamento correto do Hemiplégico




Como deitar um doente de costas (ex: hemiplegia direita)



Como deitar um doente de lado

Indicações:

  1. Altere a posição do doente pelo menos a cada duas horas se não houver contra-indicações relacionadas com as condições gerais do mesmo.
  2. Recorra ao uso de almofadas para manter as proeminências ósseas (calcanhares, joelhos) longe de contacto directo um com o outro ou com a superfície da cama.
  3. Quando a posição lateral é usada no leito, evite posicionar diretamente sobre o grande trocânter do fêmur mas sim em uma posição lateralmente inclinada de 30º.
  4. Limite a quantidade de tempo que a cabeceira da cama fica mais elevada (elevação máxima de 30º), tendo em conta a situação clínica do doente.
  5. Para doentes que podem auxiliar na movimentação use equipamentos auxiliares como o trapézio.
  6. Qualquer pessoa em risco para desenvolver úlcera de pressão, deve evitar ficar sentada ininterruptamente em qualquer cadeira ou cadeira de rodas. Os indivíduos que são capazes, devem ser ensinados a levantar o seu peso a cada quinze minutos para fazer a descompressão na região isquiática.



segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Crônica do Amor



Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a
menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama
este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.


Arnaldo Jabor

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Prefeitura de Maceió- 2004


FISIOTERAPEUTA
1- Dos músculos abaixo, qual não faz parte do manguito rotator:
a) Músculo supra-espinal.
b) Músculo infra-espinal.
c) Músculo redondo maior.
d) Músculo redondo menor.

2- O termo osteossíntese significa:
a) Fixação interna.
b) Fixação externa.
c) Consolidação de fratura.
d) Redução de fratura com utilização de aparelho.

3- Qual músculo abaixo é responsável pelo aumento da lordose lombar?
a) Músculo reto abdominal.
b) Músculo glúteo máximo.
c) Músculo psoas maior.
d) Músculo quadrado lombar.

4- Quais os músculos inervados e a área sensitiva cutânea do nervo musculocutâneo:
a) Músculos: bíceps braquial, coracobraquial e braquiorradial; área sensitiva cutânea: face anterior do
braço.
b) Músculos: deltóide, bíceps braquial e braquial; área sensitiva cutânea: face anterior do antebraço.
c) Músculos: bíceps braquial, braquial e coracobraquial; área sensitiva cutânea: face lateral do
antebraço.
d) Músculos: bíceps braquial, tríceps braquial e braquial; área sensitiva cutânea: face posterior do antebraço.

5- O sinal da tecla é um exame feito na articulação do joelho para determinar:
a) Derrame articular.
b) Entorse ligamentar.
c) Osteoartrose.
d) Capsulite.

6- Os músculos que executam a flexão do cotovelo e extensão do punho são, respectivamente:

a) Bíceps braquial e ancôneo; extensor radial e ulnar do carpo.
b) Braquial e supinador longo; extensor radial longo e curto do carpo.
c) Bíceps braquial e braquial; extensor ulnar do carpo.
d) Supinador e bíceps braquial; extensor radial longo do carpo.
7- Um entorse geralmente acontece por um movimento além de sua amplitude normal. Quais dos fatores abaixo não contribuem para a estabilização de uma articulação:

a) Cápsula articular.
b) Ligamentos.
c) Músculos que atravessam a articulação.
d) Cartilagem articular.
8- Uma hérnia de disco na região lombar entre a quarta e quinta vértebras lombares, que causa dor irradiada para a região posterior da coxa, perna e parte medial do pé, está comprometendo qual nervo?

a) Nervo femoral.
b) Nervo obturatório.
c) Nervo isquiático.
d) Nervo cutâneo femoral posterior.
9- O arco medial do pé é composto pelos ossos do tarso, abaixo assinale qual osso não participa de sua formação:

a) Osso cubóide.
b) Osso cuneiforme medial.
c) Osso tálus.
d) Osso calcâneo.
10- A pata de ganso é formada pela união de tendões musculares, na região medial e proximal do joelho, abaixo assinale a alternativa que cita os músculos formadores da pata de ganso:

a) Músculo sartório, músculo semitendíneo e músculo semimembranoso.
b) Músculo grácil, músculo sartório e músculo semimembranoso.
c) Músculo sartório, músculo semitendíneo e músculo adutor magno.
d) Músculo grácil, músculo sartório e músculo semitendíneo.
11- Sabendo-se que um trauma no ombro, deslocando do tendão da porção longa do músculo bíceps braquial do sulco intertubercular, qual teste seria positivo:

a) Yergason.
b) Gaveta anterior e gaveta posterior.
c) Gaveta posterior e apreensão para deslocamento posterior.
d) Apreensão para deslocamento posterior e gaveta anterior.
12- Não é um efeito fisiológico da terapia por diatermia:
a) Aumento da circulação sangüínea.
b) Diminuição da atividade das glândulas sebáceas.
c) Hiperemia ativa da pele.
d) Queda da pressão arterial.
13- A confirmação de uma lesão no ligamento cruzado anterior pode ser confirmada através do teste de:

a) Tinel.
b) Gaveta anterior.
c) Gaveta posterior.
d) Rotação medial.
14- Uma fratura do rádio com deslocamento dorsal do fragmento levando a deformidade descrita clinicamente como “garfo” é conhecido como:

a) Fratura de Galeazzi.
b) Fratura de Smith.
c) Fratura de Barton.
d) Fratura de Colles.
15- Durante o alongamento do músculo quadríceps femoral o joelho é fletido. Esse alongamento pode ser dificultado pela posição em extensão da articulação do quadril, este fato é explicado pela tensão causada principalmente em qual músculo:

a) Músculo reto femoral.
b) Músculo vasto lateral.
c) Músculo vasto medial.
d) Músculo vasto intermédio.
16- Quais músculos estão relacionados com a tenossinovite de Quervain?

a) Músculo extensor longo do polegar e músculo extensor próprio do indicador.
b) Músculo extensor radial longo do carpo e músculo extensor radial curto do carpo.
c) Músculo extensor longo do polegar e músculo extensor curto do polegar.
d) Músculo extensor curto do polegar e músculo abdutor longo do polegar.
17- Quais ossos do carpo podem ser palpados no assoalho da tabaqueira anatômica?

a) Escafóide e semilunar.
b) Escafóide e trapézio.
c) Escafóide e trapezóide.
d) Escafóide e capitato.
18- A paralisia de Bell afeta o nervo:

a) Facial.
b) Trigêmeo.
c) Glossofaríngeo.
d) Acessório.
19- A doença de Parkinson foi descrita por James Parkinson em 1817. Os sintomas neurológicos apresentados pelos doentes são resultantes de lesões em:

a) Bulbo.
b) Cerebelo.
c) Giro pré-central.
d) Núcleos da base.
20- Lesão do nervo radial na parte proximal do antebraço provoca a “mão caída”. De qual fascículo do plexo braquial o nervo radial é formado?

a) Fascículo medial.
b) Fascículo posterior.
c) Fascículo médio.
d) Fascículo lateral.
21- O teste de Fallen é utilizado para confirmar:

a) Síndrome de Guyon.]
b) Síndrome da compressão do nervo radial.
c) Síndrome do túnel do carpo.
d) Síndrome da compressão do nervo ulnar.
22- Pacientes com quadril doloroso é indicado o uso de bengala ou muleta para aliviar a carga recebida por esta articulação. Este procedimento é conhecido como:

a) Protetisação.
b) Proteção articular.
c) Conservação de energia.
d) Projeção do peso.
23- A massagem realizada de forma lenta produz ação sobre o sistema nervoso parassimpático. Abaixo assinale a alternativa incorreta quanto ao efeito deste procedimento:

a) Aumento do batimento cardíaco.
b) Diminuição do ritmo respiratório.
c) Diminuição da temperatura da pele.
d) Analgesia.
24- O reflexo miotático no ligamento patelar testa a integridade de qual nervo?
a) Nervo femoral.
b) Nervo musculocutâneo.
c) Nervo isquiático.
d) Nervo obturatório.
25- Qual aparelho abaixo tem forma de “cachimbo” que possui uma esfera de metal no seu interior, que é acionada durante a expiração, tendendo a subir e pelo peso da esfera voltar, causando vibração, auxiliando na higiene brônquica?

a) Aparelho de Bonett.
b) Flluter.
c) Sensy ball.
d) Balancer.
26- Sobre gasometria arterial e equilíbrio ácido-base responda a alternativa correta:

a) Somente PO2 varia com hipoventilação e não pH.
b) Acidose mista compensada pode ser compensada por qualquer um dos dois fatores.
c) Acidose metabólica apresenta HCO3 abaixo do normal.
d) Acidose respiratória com hipoxemia apresenta pH com valores acima do normal.

27- Assinale a alternativa correta quanto a volumes e capacidades pulmonares:

a) Capacidade pulmonar total é igual capacidade funcional residual menos volume residual.
b) Volume residual é igual a capacidade pulmonar total menos (volume corrente mais volume de
reserva inspiratório mais volume de reserva expiratória).
c) Volume de reserva inspiratório é igual a capacidade pulmonar total menos capacidade residual
funcional.
d) Volume de reserva expiratório é igual capacidade residual funcional menos volume de reserva
inspiratório.
28- Sobre a interdependência pulmonar, responda a alternativa correta:

a) Vasos pulmonares diminuem seu calibre quando o volume pulmonar aumenta.
b) Vasos pulmonares diminuem seu calibre quando o volume pulmonar diminui.
c) Alvéolos independem de alvéolos.
d) Região dependente apresenta vasos mais calibrosos.
29- Paciente de 50 anos, 70 kg interna com fratura de quatro arcos costais em hemitórax direito, postura antálgica e acidose respiratória com hipoxemia. Qual região do pulmão é mais ventilada, considerando-se que o paciente encontra-se em decúbito dorsal e respira em volume corrente?

a) Região superior ou não dependente do pulmão.
b) Região inferior ou dependente do pulmão.
c) Região lateral esquerda do pulmão.
d) Região média do pulmão.
30- Sobre a anatomia do sistema respiratório assinale a alternativa correta:
a) O pulmão esquerdo é o único com fissura horizontal.
b) O pulmão direito apresenta menor segmentação.
c) O brônquio principal direito é mais verticalizado.
d) O bronquíolo terminal é o início do ácino.
31- Dentre as diferenças existentes dos diversos modos ventilatórios, assinale a que condiz mais com a realidade:

a) CPAP apresenta ciclagem por fluxo.
b) VAPS somente apresenta ciclagem por volume.
c) Volume controlado não aceita pausa estática.
d) Pressão controlada é composta de pausa dinâmica.
32- Algumas técnicas de higiene brônquica como tapotagem e vibrocompressão não podem ser usadas em pacientes com fratura costal, então para este paciente determine quais técnicas poderemos utilizar pensando na higiene brônquica:

a) Descompressão brusca com flluter.
b) Compressão inspiratória contralateral com drenagem postural.
c) Drenagem postural com flluter.
d) Flluter e compressão inspiratória contralateral.
33- Como são divididos os reflexos miotáticos?

a) Fásicos e difásicos.
b) Tônicos e fásicos.
c) Atônicos e difásicos.
d) Atônicos e tônicos.
34- Lesão do moto neurônio superior do trato piramidal pode ser confirmada através do sinal de:

a) Babinski.
b) Landau.
c) Monro.
d) Reflexo tônico cervical assimétrico.
35- Uma resposta proprioceptiva evocada dos proprioceptores dos músculos do pescoço por um movimento ativo ou passivo, de forma que, a elevação da cabeça produz um aumento da hipertonia extensora nos braços e hipertonia flexora nas pernas e, o abaixamento da cabeça produz o efeito oposto. Essa resposta é denominada como:

a) Reflexo tônico cervical assimétrico.
b) Reflexo tônico cervical simétrico.
c) Reflexo tônico labiríntico.
d) Reações associadas.
36- Lesões nos cornos anteriores da medula espinal causam desordens:

a) Sensitivas.
b) Motoras.
c) Sensitivas e motoras.
d) No sistema autônomo.
37- Entre as deformidades das mãos do paciente com artrite reumatóide é correto afirmar que:

a) O dedo em botoeira é caracterizado pela extensão da articulação interfalângica proximal e flexão da
interfalângica distal.
b) A mão em corcova de camelo é caracterizada por tumefação da articulação metacarpofalângica,
hipotrofia da musculatura interóssea dorsal e tumefação da articulação interfalângica proximal.
c) O dedo em martelo é caracterizado pela flexão da articulação metacarpofalângica.
d) O dedo em pescoço de cisne é caracterizado pela flexão da articulação interfalângica distal e
hiperextensão da articulação interfalângica distal.
38- Nos critérios de classificação diagnóstica da artrite reumatóide, podemos encontrar entre outros:

a) Artrite simétrica, vespertílio, artrite nas articulações das mãos.
b) Alterações radiológicas, fator reumatóide positivo, balanite.
c) Rigidez matinal, artrite simétrica, nódulos reumatóides.
d) Artrite em três ou mais articulações, fator reumatóide negativo, artrite simétrica.
39- Nos pacientes idosos, com distúrbio metabólico e osteopenia é freqüente encontrar:

a) Mal de Pott vertebral.
b) Fraturas cuneiformes vertebral.
c) espondiloartrose vertebral.
d) Doença de Calve-Perthes.
40- Artrose, osteoartrose ou osteoartrite são patologias que apresentam lesão inicial na seguinte estrutura:

a) Cartilagem articular.
b) Cápsula articular.
c) Membrana sinovial.
d) Líquido sinovial.
41- A gota é uma doença metabólica associada a hiperuricemia e os sintomas resultam da deposição de cristais de monurato de sódio nos tecidos sendo correto afirmar que:

a) As artrites gotosas na fase crônica apresentam a presença de tofos nos tecidos periarticulares.
b) As artrites gotosas na fase aguda apresentam a presença de formação de panus com destruição da
cartilagem.
c) As artrites gotosas na fase crônica apresentam dor e crises agudas em curto espaço de tempo.
d) As artrites gotosas na fase aguda respondem bem a crioterapia.
42- Paciente com lesão da articulação do ombro apresenta durante a fase aguda:

a) Edema, fibrose e dor.
b) Edema, dor e fibrina.
c) Diminuição da amplitude de movimento, dor e inflamação.
d) Diminuição da amplitude de movimento, inflamação e vasoconstrição.
43- Paciente, 19 anos, sexo masculino, estudante universitário, refere dores fortes em região medial de
cotovelo direito há aproximadamente 3 dias, sem história de trauma prévio. Relata que estas dores
surgiram após um jogo de tênis e pioram à palpação de região de epicôndilo medial ou quando carrega
objetos pesados. Diagnóstico: Epicondilite medial. Com base neste caso assinale a alternativa correta:
a) A epicondilite medial pode ser diagnosticada por meio do teste do cotovelo de tenista.
b) Os músculos que se inserem (proximalmente) no epicôndilo medial são: pronador redondo, flexor
radial do carpo, flexor comum dos dedos e supinador.
c) A epicondilite medial pode ser diagnosticada por meio do teste do stress em valgo.
d) Os músculos que se inserem (proximalmente) no epicôndilo medial são: pronador redondo, flexor
radial do carpo, palmar longo e flexor ulnar do carpo.
44- Contente com a importante melhora do quadro álgico e empolgado com o fato, o paciente, resolveu realizar algumas mudanças na disposição dos móveis de sua casa. Após este episódio, apresenta dor localizada em região anterior de ombro direito, a qual piora com movimentos de rotação medial contra uma resistência e sem dores aos movimentos de abdução e rotação lateral do ombro. Os dados apresentados até então, sugerem como mais provável, o diagnóstico de:

a) Tendinite de infra-espinhal.
b) Tendinite de redondo menor.
c) Tendinite de supra-espinhal.
d) Tendinite de subescapular.

45- A contração muscular que causa movimentos angulares se trata de qual tipo?

a) Contração concêntrica isométrica.
b) Contração isotônica concêntrica ou excêntrica.
c) Contração isométrica.
d) Contração estática.

46- O paciente de 38 anos após a amputação da perna relata dor no membro amputado. Essa queixa é:

a) Uma queixa que deverá ser desprezada, pois não há como sentir dor em um membro amputado.
b) Uma queixa que deverá ser tratada por um psicólogo, pois não há explicação fisiológica para tal.
c) Uma queixa comum entre os amputados, pois a área somatossensorial no córtex permanece intacta
e pode ser estimulada.
d) Uma queixa pouco comum, mas que poderá ser totalmente sanada com o uso de anestésicos.

47- A quantidade máxima do ar que pode ser expirado após o máximo de inspiração é:

a) Capacidade vital.
b) Volume corrente.
c) Volume expiratório forçado.
d) Taxa de fluxo expiratório máximo.

48- Na tetralogia de Fallot, assinale a alternativa incorreta:

a) Hipertrofia do ventrículo esquerdo.
b) Desvio da aorta.
c) Estenose do tronco pulmonar.
d) Dilatação do pericárdio.
49- O complexo QRS de um eletrocardiograma é produzido por:

a) Despolarização dos átrios.
b) Repolarização dos átrios.
c) Despolarização dos ventrículos.
d) Repolarização dos ventrículos.

50- O coração é um órgão auto-estimulante, suas células musculares diferenciadas formam o sistema condutor do coração. O ritmo é determinado pelo marcapasso natural do coração conhecido como:

a) Nó atrioventricular.
b) Nó sinoatrial.
c) Feixe de Hiss.
d) Fibras de Purkinge.